RESERVA CAPITÃO DO MATO
(Lipaugus vociferans)
A visita à Reserva do Capitão do Mato, faz parte da expedição, sendo ela o terceiro estagio da expedição.
Nesse ponto será necessário silêncio absoluto, tanto para alunos, quanto para professores.
O Capitão do Mato é uma espécie de ave da subfamília Cotinginae. Pode ser encontrada no Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela.
Esse pássaro encontra-se ameaçado de extinção, é endêmico da Mata Atlântica, em especial áreas de floresta tropical densa em altitudes medianas. Habitam o alto das copas, onde se alimentam de frutas e insetos. Possui um canto forte e bem distinto.
Foi considerado um delator na época da escravidão, denunciando os fugitivos e se embrenhavam na mata criando os Quilombos, porém, ele apenas marcava seu território com seu canto agudo e estridente, atingindo um raio de 1.500m, denunciando assim a presença de estranhos. VEJA DETALHE SOBRE A AVE NO WIKIPEDIA.
Assista o víedo do Capitão do mato.
Por isso foi criado o cargo de “Capitão do Mato” na sociedade escravocrata do Brasil.
A tarefa era a de capturar os escravos fugidos.
O nome capitão do mato passou a incluir aqueles que, moradores das províncias, capturavam fugitivos na mata para depois entregá-los mediante prêmio.
Porém, esse nome surgiu por causa do pássaro e não ao contrário.
Johann Moritz Rugendas foi um pintor alemão que viajou por todo o Brasil durante o período de 1822 a 1825, pintando os povos e costumes que encontrou. Rugendas era o nome que usava para assinar suas obras.
Nesta pintura, Rugendes demonstra que o pássaro não denunciava escravos fugitivos. Note que ao chegar à mata o caçador encontra índios e não escravos. Isso significa que o pássaro não separava escravos de Índios, Brancos ou Mulatos.
Nós da Reserva de Itacaré estamos fazendo a defesa do Capitão do Mato, porque ele não era delator de escravos, essa pintura prova essa afirmação.
A Reserva do Capitão do Mato tem catalogados hoje um total 29 animais, sendo que seis machos são dominantes, três machos solteiros, seis fêmeas alfa e quatorze fêmeas beta e três nascimentos ainda indefinidos.
Cada macho dominante tem entre duas e três fêmeas, porém, ele só acasala com uma, mantendo as outras sob sua proteção, seus cuidados. Caso em seu clã nasça um macho dominante, ele oferece essa fêmea para que seu filho não lute com ele pela fêmea ou não migre para outro clã.
Na expedição é possível ouvir e ver os animais. Isso dependerá exclusivamente do grupo em incursão. O comportamento e silêncio de todos, sobretudo nos aspectos: silêncio da voz e também pisar com cuidado para não fazer barulhos com a serrapilheira, é quem irá decidir esse espetáculo.
Assim, o guia irá interagir com o animal e aproximá-lo do grupo com mais facilidade.
Máquinas fotográficas não poderão utilizar luzes de Flash.
Fêmea Alfa
Fêmea Beta
Como nasce um macho dominante. Cada fêmea põe entre um e dois ovos a cada 12 meses, esses ovos podem nascer 2 machos, duas fêmeas ou um de cada e até só nascer apenas um da ninhada.
Porém, quando existe um macho dominante na ninhada os aspectos são totalmente diferentes. O pai quando vem alimentar não distingue quem é macho A ou macho B, ele alimenta quem chegar primeiro ao bico. Nessas idas e vindas do pai, o filho dominante irá sempre se apressar para alimentar-se primeiro, e muitas vezes se alimenta por duas ou três vezes mais que seu irmão.
Em menos de 20 dias ele irá está mais forte e suas penas maiores, nessa luta pela proteína irá evitar que seu irmão se alimente para que ele possa ser cada dia mais forte e em quarenta e cinco dias ele lança seu irmão do ninho e consome agora unicamente toda proteína fornecida. Ele será o próximo dominante